segunda-feira, 15 de agosto de 2011

nós, os mosquitos

Nunca desafiem uma mulher - mesmo que ela tenha de perder tudo para vos ganhar, nunca vai permitir-se perder um desafio.
É esse o maior instinto feminino: a competição; o jogo; a caça. Se há uns anos acusavamos os homens de perderem o interesse nas mulheres depois de as levarem para a cama, hoje em dia são as mulheres que se desinteressam sem saberem bem porquê.
Porque eles são demasiado boas pessoas e nós gostamos é de bad boys. Porque só nos apetece passar um bom bocado e eles já falam em comprar colchas para a cama de casal. Porque são queridos, atenciosos, sufocantes. Porque a beleza interior suplanta a exterior e isso nos faz uma confusão danada quando só queremos amar o físico.
No fundo, algumas mulheres são como mosquitos: distraem-se com as luzes. Apaixonam-se pelos momentos e não pelas pessoas, e desapaixonam-se com a mesma facilidade; apercebem-se a meio da viagem que não era aquele o caminho que queriam ter seguido.... ou então apercebem-se a meio da viagem que gostariam muito de poder voltar atrás para o caminho que um dia julgaram ser o correcto...e não seguiram.
Porque há homens que realmente valem a pena, mas deitam tudo a perder por não nos conseguirem desafiar. Porque há homens que realmente são qualquer coisa, mas deitam tudo a perder por quererem tão desesperadamente ganhar-nos no desafio a que se propõem.
Em pleno século XXI, as mulheres gostam de ser o predador e a presa, num jogo simultâneo de ganho e perda. Em pleno século XXI, para não se desinteressarem, as mulheres têm de ser mantidas em cativeiro e soltas quando necessário, têm de ser queridas e renegadas, desejadas e rejeitadas, num perfeito equilíbrio entre o 'dar' e o 'tirar'. É complicado, eu sei. Mas, no fundo, para não se desinteressarem, algumas mulheres têm de ser confundidas - e só quando encontrarem um adversário à altura e que não desista do jogo, é que elas vão querer, finalmente, tréguas.

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